A drenagem linfática é o tratamento estético mais indicado para a gestante. É uma massagem suave e lenta, que ajuda a reduzir a retenção de líquido no corpo e diminui os inchaços típicos da gravidez, auxiliando assim na redução da celulite.
O período mais freqüente de aparecimento de varizes nas gestantes é após o 4º mês. Sabe-se que nessas condições há, entre outros, maiores riscos de tromboflebite durante o período de gestação ou imediatamente após o parto, agravamento dos inchaços, piora da dor, sensação de peso e cansaço nas pernas, quando comparado às gestantes que não desenvolvem varizes. Entre a medidas mais freqüentemente recomendadas para se controlar este problema estão a ginástica e hidroterapia apropriadas, caminhadas, drenagem linfática, recomendações como quando em repouso colocar as pernas ligeiramente elevadas, uso de meias elásticas, sapatos confortáveis e reduzir a ingestão de sal, bebidas alcoólicas e comidas codimentadas.
Para a gestante que não gosta de massagem manual, a dermotonia, uma técnica francesa, pode ser a alternativa. Esta é realizada com um aparelho que faz uma levíssima sucção na pele, com os mesmos efeitos da drenagem manual. Segundo esta mesma autora, essa é a única técnica com aparelho que pode ser usada pela gestante. Esta técnica não deve ser confundida com a endermologia que é um método semelhante, mas feito com sucção bem mais forte, imprópria para o período de gravidez. A aspiração feita incorretamente e em pressão elevada pode causar varizes, e na gestação os vasos ficam mais frágeis, devido ao aumento de volume sanguíneo e alterações hormonais.
Manter a pele bem hidratada é a melhor forma de prevenção de estrias. Pelo menos duas vezes ao dia, a gestante deve usar cremes que contenham uréia, vitamina E, lanolina e óleos em sua formulação, sendo que apenas os óleos não previnem de forma eficaz. As máscaras de algas podem ser uma outra opção de tratamento natural e que dá resultado. A gestante pode utilizar esses cremes na hora da massagem. Não deve-se usar hidratantes sobre os mamilos, pois a pele dessa região deve estar mais endurecida para suportar a sucção do bebê na amamentação.
O tratamento através da corrente russa não deve ser usado na gravidez, pois acredita-se que pode causar contração uterina e antecipar o parto. A drenagem linfática auxiliada por aparelho também só é indicada após o parto, pois não há controle da pressão exercida sobre o corpo podendo trazer efeitos adversos. As terapias intradérmicas, ou mesoterapia, feitas com injeções de substâncias, para combater gorduras localizadas e celulites, não devem ser usadas nem no pós-parto, caso a gestante esteja amamentando. Não se sabe se essas substâncias ultrapassam a barreira placentária ou se o bebê as absorve pelo leite materno, portanto o ideal é que essa fase passe para se iniciar qualquer tratamento com aparelhos eletroterapêuticos.
As gestantes ao realizarem massagens ou drenagens, devem ter a pressão arterial controlada e monitorada, pois a pressão tende a ser mais baixa no início da gravidez e pode cair ainda mais, e rapidamente, com tratamentos relaxantes. Se isso acontecer, o perigo é diminuir a quantidade de oxigênio fornecido ao feto.
A gestante deve evitar banhos de sol prolongados, utilizando sempre como fator de proteção mínimo 15. Esta é uma forma de prevenção de aparecimento de melasmas. As manchas que permanecerem após a gestação podem ser tratadas com substâncias clareadoras, como hidroquinona, isotretinoína e ácido azeláico, sob orientação de um dermatologista, desde que a gestante não esteja mais amamentando. Além da aplicação desses produtos, deve-se usar filtros solares diariamente e para sempre, para evitar o retorno da mancha, o que é bastante comum. Peelings superficiais feitos com ácidos, também sob orientação do dermatologista, podem acelerar esse processo de dispmentação. Cremes com vitamina C não interferem na gravidez e podem ser usados à noite, para ajudar a clarear a pele. Segundo estudos realizados o tratamento com ácido azeláico mostrou-se satisfatório em 65% das pacientes. Os peelings químicos devem ser evitados por pessoas que tenham couperose, manchas elevadas e poros proeminentes, e com quelóide.
O ácido retinóico é contra-indicado durante a gestação, pois de acordo com estudos realizados em ratos indicou uma diminuição do peso e perímetro encefálico nos ratos que fizeram uso da substância, mesmo em pequenas doses. Também não deve ser usado na sua forma tópica, pois é absorvido pela corrente sanguínea, sendo prejudicial. Outro ácido que deve ser evitado, é o ácido glicólico, pois não há estudos suficientes sobre o seu efeito em gestantes, porém alguns profissionais acreditam que em pequenas doses pode ser utilizado .
Para cuidar de possíveis acnes, deve-se indicar para a gestante lavar o rosto com sabonete à base de enxofre, fazer limpezas de pele (os cremes usados não devem conter ácidos) e utilizar produtos indicados para peles oleosas, geralmente na forma de gel . Segundo American Academy of Dermatologists (2000) a isotretinoína, utilizada para tratamento de acne de grau elevado, é contra-indicado durante a gravidez pois afeta o coração do feto.
Para diminuir a ansiedade, melhorar o sono, diminuir o estresse e até diminuir a dor do parto, pode-se realizar acupuntura, acupressão, aromaterapia ou massagem. A massagem pode ser realizada em decúbito lateral ou com a paciente semi-sentada, sendo que deve-se adaptar a posição de acordo com o bem-estar da paciente. Outra opção é a massagem sueca, que auxilia também na redução dos edemas e melhora a circulação.
Fonte: Fabíola Zucco - Fisioterapeuta
Karin Vailat - Nutricionista